segunda-feira, 4 de março de 2013

Chuvas trazem insegurança para mais de 60 mil pessoas na PB


Uma ‘bomba-relógio’ que pode explodir a qualquer momento. Essa é a sensação enfrentada por mais de 60 mil pessoas de seis cidades paraibanas que moram em mais de 70 comunidades localizadas em áreas de risco de enchentes, deslizamentos ou desmoronamentos. Em todo o Estado, as histórias de medo se repetem e só tendem a se agravar, tendo em vista a proximidade do período chuvoso. 

No Sertão, essa época já chegou, mas não deve fazer estragos maiores que os da seca; no Agreste, Brejo e Litoral, porém, a contagem regressiva está aberta, já que deve começar a chover em abril. Apesar dos tristes exemplos de anos anteriores, as ações governamentais não têm superado o mero caráter paliativo ou emergencial, embora os gestores possam ser responsabilizados administrativa e criminalmente por sua omissão. Por outro lado, alegam os prefeitos, a falta de verbas é uma realidade, o que impede que essas famílias sejam postas em locais seguros.

O sonho de Dona Josefa, de ter um lar seguro, pode ser simples, até porque ela nunca teve grandes ambições. Entretanto, a grande dificuldade começa pelo fato de que os prefeitos alegam não ter verbas para construir casas seguras. Não bastasse isso, a questão vai mais além: nem a própria Defesa Civil estadual tem um levantamento das áreas de risco paraibanas nem de quantas pessoas nelas vivem, porque “as cidades não repassam os dados”. Nas prefeituras, entretanto, o quadro não muda muito. Em dois dos seis maiores municípios consultados – Patos e Santa Rita –, a reportagem não conseguiu sequer saber o número de localidades nessas condições. Em Patos, por exemplo, o gestor da Defesa Civil disse não saber da situação, pedindo que entrasse em contato com o coordenador do governo anterior.
PortalCorreio

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